sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Alimentos Funcionais


Alimentos funcionais


Alimentos funcionais,como muitos pensam,não curam doenças,mas sim, previnem e reduzem problemas de saúde(pois desempenham efeitos fisiológicos benéficos),como obesidade e doenças cardiovasculares. E isso, além da função nutricional!



By:Ruth Lacerda

fonte:Petrobras - Manual Nutrição e Saúde

Fonte: http://www.habitossaudaveis.com/tag/alimentos-funcionais/


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Influência da mídia





A mídia

Com a influência da mídia;o ideal de corpo preconizado pela sociedade; a baixa auto-estima e com a insatisfação da imagem corporal,as pessoas(principalmente mulheres)
buscam em dietas milagrosas a perda de peso em pouco tempo.O cuidado a ser tomado é que muitas dessas dietas podem resultar em transtornos alimentares,constituindo a "epidemia silenciosa"(Bosi,1998).
Nas sociedades ocidentais,não se pode negar o preconceito à obesidade.No entanto,a indústria de alimentos vende gordura,enquanto a sociedade cobra magreza.


Fontes: http://www.simestoudedieta.blogspot.com/,
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732003000100012&lng=es&nrm=iso&tlng=es.

By: Ruth Lacerda

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

:D

Outros Transtornos...



Distúrbio de Ingestão Excessiva de Alimentos (Binge):
Esse é o transtorno do comer compulsivo (outro nome). Nesse caso, não há comportamentos compensatórios impróprios após a alimentação excessiva, nem mesmo o jejum ou excesso de exercícios, ou seja, diferentemente da bulimia nervosa, estes indivíduos não tentam impedir o ganho de peso. Uma característica da bulimia que se mantém é a sensação de impotência com relação à sua alimentação. Pesquisas mostram que a maioria dos pacientes que possui esta doença está com sobrepeso.

Distúrbios Alimentares Não Específicos:
Dados estatísticos mostraram que aproximadamente 50% da população com distúrbios apresentam-se nesse caso. Estes pacientes possuem sintomas parciais de bulimia nervosa e dos anoréxicos. E é importante o tratamento o mais rápido possível para que não evolua para um dos extremos, a anorexia ou bulimia.

Distúrbios Alimentares na Infância:
Vale dar uma lida nessa parte como curiosidade. Os pacientes adolescentes ou mais velhos têm apresentação clínica diferente dos da infância. Ocorre mais a anorexia neste caso, sendo considerada a bulimia rara. Evitar a alimentação, praticar o vômito auto-induzido, exercício em excesso podem ocorrer. Já o uso de laxativos é incomum. Ficar atento para reclamações tais como dor abdominal, náuseas, dificuldade de deglutir, seu corpo (desaprovação), dentre outros.

Distúrbios Alimentares em Pessoas com Diabetes:
Outra curiosidade é para este caso. Pessoas que possuem diabetes têm obrigação de maior conhecimento, em vista das exigências com sua alimentação. A longo prazo, este controle de comportamento alimentar pode tornar-se prejudicial se for exagerado, por isso, indivíduos com diabetes estão em risco de desenvolver distúrbios alimentares.


É importante ressaltar que todos estes distúrbios alimentares apresentados neste blog possuem relação direta com a mídia. Os pacientes doentes parecem possuir “altos conhecimentos” de nutrição pois, ou perdem tempo lendo informações fúteis, de fontes não confiáveis ou as coisas que lêem já são automaticamente distorcidas pela sua mente, ou seja, o indivíduo doente pode fazer uma interpretação errada daquilo que lê. Por isso torna-se essencial o acompanhamento nutricional para o tratamento destes pacientes.

By: Jéssica Weber


Fontes: Krause: Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. Autor: Mahan, L. Kathleen.

sábado, 15 de novembro de 2008

Pirâmide Alimentar

Fonte:www.mypyramid.gov/

A nova pirâmide alimentar americana(2005)



A nova pirâmide foi apresentada pelo Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard que contestou a anterior(de 1992).A diferença para a anterior é que os carboidratos que estavam na base foram para o topo,algumas gorduras(óleos) que estavam no topo,desceram(o objetivo era reduzir o consumo de gordura saturada,que eleva os níveis de colesterol,mas em cotrapartida recomendava-se o alto consumo de carboidratos) ,os exercícios físicos e o controle do peso formaram a nova base da atual pirâmide.
Segundo Walter Willett, o desenho da Pirâmide usada desde 1992, foi baseado em padrões científicos duvidosos antes de 1992 e contribui para a obesidade, a saúde deficiente e mortes precoces desnecessárias.
"A nova versão está arraigada no fato de que alguns carboidratos são quebrados rapidamente no intestino e se transformam em açúcar. A elevação do açúcar no sangue pode levar a compulsão alimentar e a problemas cardiovasculares. Por esta razão os carboidratos estão lá na ponta da pirâmide. Porém é importante lembrar que dificilmente consumimos o carboidrato sozinho (arroz puro, por exemplo) e desta forma sua absorção não é tão rápida, evitando a elevação da glicemia."
Importante ressaltar que é com a ingestão de carboidratos simples(acúcares) que a glicemia eleva-se mais.
A pirâmide anterior à essa era em forma de nível."Recentemente os órgãos de saúde do governo americano mudaram a maneira de distribuição dos alimentos, que agora passam a ser mostrados em faixas longitudinais de cores diferentes, que descem do alto até a base da pirâmide. Este novo formato permite uma melhor visualização e compreensão sobre os princípios básicos para uma alimentação saudável."Essa nova pirâmide leva em consideração o sexo ,a idade da pessoa,a prática de esportes....

By:Ruth Lacerda


Fonte: http://www.cozinhanet.com.br/web/NutricaoSaudeartigos-materia.asp?CodDocumento=2884

Dietas da moda funcionam?


Com certeza não são as melhores formas de se perder peso.Essas "dietas" geralmente limitam e até restringem certos tipos de alimentos.Com isso,a pessoa acaba comendo menos,chegando a ficar,às vezes,em um jejum prolongado.
Geralmente perde-se peso rapidamente,mas não passa de uma ilusão,pois a grande parte do peso perdido é constituído de água e não de gordura.É isso que acontece, por exemplo, em uma dieta com restrição de carboidratos(Dieta do Dr. Atkins,baseada em proteínas).
"Na ausência de carboidrato diminui a concentração de piruvato,consequentemente,sua conversão a oxaloacetato.Ainda mais,quando não há oferta de glicose,o organismo lança mão da gliconeogênese que consome oxaloacetato obtido de aminoácidos, principalmente.A oxidação da acetil-CoA pelo ciclo de Krebs fica impedida:a acetil-CoA acumulada condensa-se,formando os corpos cetônicos."
O excesso dos mesmos é eliminado na urina sob a forma de sais de sódio,provocando uma acidose(diminuição do pH sanguíneo) e desidratação.E o "resultado da dieta" pode vir também por essa desidratação.
Outro fator importante é que essas dietas são muito monótonas e causam uma sensação de fome muito grande.Com isso,a desistência é mais rápida.

By: Ruth Lacerda

Fonte: Bioquímica celular . Vieira,Enio Cardillo;
Bioquímica básica. Bayardo.

Mais artigo - Distúrbios Alimentares

Este artigo é uma revisão sobre os DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS EM ATLETAS FEMININAS.
“Pesquisas indicam que é elevada a prevalência de distúrbios alimentares em atletas femininas jovens envolvidas em esportes que preconizam a magreza e o baixo peso corporal, tais como ginástica olímpica e corridas de longa distância”.

Tendo em vista os resultados das pesquisas, vemos claramente que a nutrição é muito importante no desempenho físico. Ao voltar seu cotidiano para se ter um baixo peso corporal e juntar a isso um consumo energético bem restrito, temos o principal caminho pra desenvolver esses distúrbios.
Importante ressaltar que muitos atletas pensam que sabem tudo ou, pelo menos, muito sobre nutrição. Porém, isso não é bem verdade na maioria das vezes, então seria necessário um acompanhamento individual com nutricionistas, reduzindo o risco de desenvolver os tais distúrbios.

“Atletas femininas que praticam exercícios físicos intensos e apresentam alterações no comportamento alimentar, além de correrem o risco de desenvolverem deficiência de ferro, com ou sem anemia, comumente apresentam irregularidades menstruais caracterizadas por oligomenorréia e amenorréia. O ciclo menstrual regular ou eumenorréico varia de 23 a 35 dias, com 10 a 13 ciclos por ano. Oligomenorréia está relacionada à presença de 3 a 6 ciclos por ano com intervalos maiores do que 36 dias. Amenorréia é definida como a falta ou interrupção do fluxo menstrual, com menos de 2 ciclos menstruais por ano.
Muitos fatores encontram-se associados à amenorréia atlética. Os freqüentemente citados são: distúrbios no comportamento alimentar, restrição dietética, intensidade dos treinamentos, estresse psicológico e fisiológico, treinamento físico antes da menarca, retardo do início da função menstrual, baixo peso corporal e baixo percentual de gordura corpórea.
A conseqüência clínica mais prejudicial da amenorréia atlética é seu impacto sobre o esqueleto.
O perfil endócrino das atletas amenorréicas é caracterizado por decréscimo na produção de estrogênio. Acredita-se que o estrogênio promova a absorção de cálcio pelos ossos e diminua a sensibilidade óssea ao paratormônio. Quando ocorre deficiência de estrogênio, os ossos se tornam mais sensíveis à ação do paratormônio.
Foi descoberto que os osteoblastos possuem receptores para o estrogênio e o mecanismo de remodelação óssea envolve tal hormônio. O estrogênio pode agir diretamente sobre seu receptor para estimular a remodelação óssea influenciando as secreções dos osteoblastos que por sua vez, agem sobre a matriz extracelular promovendo a mineralização.
As conseqüências a longo prazo de um estado hipoestrogênico crônico em atletas jovens incluem a perda de massa óssea, muitas vezes irreversível, risco aumentado de osteoporose (decréscimo na massa óssea).
Outras conseqüências clínicas observadas em atletas amenorréicas estão relacionadas à saúde reprodutiva e ao risco aumentado de doenças cardiovasculares. A redução na fase lútea é um achado comum entre as atletas e a incidência de infertilidade é elevada. A prática de atividade física regular e a concentração plasmática de estradiol estão envolvidos na prevenção de coronariopatias, principalmente através do efeito benéfico sobre as lipoproteínas plasmáticas (HDL colesterol). Um estado hipoestrogênico crônico pode afetar negativamente os lipídios plasmáticos anulando os efeitos benéficos do exercício físico sobre os mesmos.
Sendo assim, a amenorréia em atletas deve ser prevenida e quando presente ser criteriosamente investigada e revertida, através de uma redução do treinamento e do aumento da ingestão energética, frente as inúmeras conseqüências negativas à saúde associadas a esta disfunção”.

Concluindo esse artigo, penso que seria muito bom se houvesse maiores informações nutricionais não só aos atletas, mas também aos seus treinadores e à equipe de apoio para que os mesmos não indiquem dietas absurdas com a intenção de controlar o peso de seus atletas, comprometendo assim a saúde destes.

By: Jéssica Weber

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732001000100009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt - Scientific Electronic Library Online.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A verdade sobre a comida...




Como o nosso tema é mitos e verdades em saúde pública seria natural desvendar alguns mitos...


Com a famosa cultura popular, ou também a que é passada por nossos antepassados, aprendemos que alguns alimentos são bons para prevenir doenças, e melhorar a saúde das pessoas que os ingerem.


Encontrei em um livro algumas “verdades” sobre a comida. Tal livro foi publicado após a criação de um documentário sobre como os alimentos podem nos beneficiar, ou seja, verdades sobre a comida. Neste livro há participação de médicos e nutricionistas, e para a finalização do trabalho foram realizadas varias pesquisas.


Primeiramente quero ressaltar a importância das fibras na alimentação, visto que elas ajudam na regulação do intestino, na absorção de nutrientes, sendo também responsável por proporcionar a saciedade.


Também é importante sabermos o quando as bactérias que compõem a nossa flora intestinal são importantes, pois elas são produtoras de vitaminas, como a B12 e K, e estudos comprovam que bebês que possuem uma flora menos numerosa têm grandes chances de desenvolverem alergias. Nota-se também que o consumo de fibras solúveis pode ajudar na ação desses organismos.
Colocarei aqui as 10 verdades sobre a comida, pois as achei muito interessantes:

N1: É possível reduzir o colesterol e a pressão arterial por meio da alimentação.
N2: O sulforafano, uma supersubstância química encontrada no brócolis, combate o câncer.
N3: Pessoas gordas têm uma taxa metabólica mais alta do que pessoas magras, e não o inverso.
N4: Quando o estômago está vazio, produz um hormônio chamado grelina, que estimula o apetite.
N5: O açúcar não deixa as crianças hiperativas, mas pode deixá-las acima do peso.
N6: Desenvolvemos nossas preferências de paladar quando ainda estamos no útero materno.
N7: O aroma da comida pode afetar o volume de sangue que flui para o pênis do homem.
N8: O alho faz com que o corpo libere óxido nítrico na corrente sangüínea, da mesma forma que o viagra.
N9: Consumidores regulares de cafeína sofrem de abstinência quando impossibilitados de ingerir sua droga preferida.
N10: Refeições pequenas e regulares aumentam a resistência.


Enfim, é notório que a influencia de uma alimentação balanceada na saúda e no corpo é benéfica, portanto nada de dietas da moda.



Fonte: Jill Fullerton-Smith, As verdades sobre a comida.


By: Suwellen Moraes











terça-feira, 11 de novembro de 2008

Bulimia Nervosa


A bulimia nervosa está relacionada a uma ingestão descontrolada e compulsiva, em média, pelo menos duas vezes por semana durante os últimos três meses e geralmente seguida por uma purgação para prevenir o ganho de peso. A pessoa que sofre desta doença tem a perda do senso de controle ao se alimentar durante a crise, ou seja, ela tem a sensação, por exemplo, de que não pode parar de comer.
Esse consumo exagerado seria em períodos isolados (por exemplo, 2h), de quantidades de alimentos definitivamente maiores do que muitas pessoas consumiriam durante um período de tempo e em circunstâncias similares.

Os métodos de purgação, freqüentemente encontrados, estão relacionados a um comportamento patológico de controle de peso, destinados a reverter os efeitos da ingestão excessiva de alimentos. Estão incluídos a indução a vômitos, abuso no uso de laxantes, diuréticos e moderadores de apetite. Esta indução de vômitos, por reflexo de ânsia, é estimulada com um dedo ou instrumentos. Há quem use também o xarope de ipeca, uma prática perigosa que pode resultar em cardiomiopatias e morte súbita.

Diferentemente dos indivíduos com anorexia do tipo ingestão excessiva/purgação, os pacientes de bulimia nervosa apresentam, em sua maioria, peso normal, podendo apresentar casos de peso acima ou abaixo do normal também.

Existem dois grupos de classificação para esse caso, os do tipo purgação e os do tipo não purgação. Pacientes com o primeiro tipo caracterizam-se por apresentar os métodos purgativos, ocorrendo, em média, pelo menos duas vezes por semana durante os últimos três meses. Pacientes do segundo tipo apresentam jejum ou excesso de exercícios, não utilizando os métodos purgativos.

Algumas sérias conseqüências do paciente com bulimia nervosa devem ser ressaltadas.
Tem a perda de fluidos e eletrólitos durante a purgação podendo levar à desidratação, desequilíbrio ácido-básico e eletrolítico e arritmias cardíacas.
A diminuição na concentração do potássio sérico (podendo causar hipocalemia) que ocorre em algumas atletas que induzem o vômito após episódios de compulsão alimentar. Vale lembrar que o potássio é o principal cátion responsável pela contração muscular, daí uma grande importância deste e uma enorme irresponsabilidade destas atletas.

A indução a vômitos também pode resultar em problemas físicos crônicos como distúrbios gastrintestinais, aumento da glândula parótida, erosão e perda do esmalte dentário, desidratação, entre outros.
A constipação está entre as manifestações mais freqüentes em relação aos distúrbios gastrintestinais. Decorre do uso de laxantes que, se utilizados em longo prazo, podem levar a danos irreversíveis ao cólon intestinal. Observa-se também um retardo no esvaziamento gástrico, os pacientes queixam-se de sensação de plenitude pós - prandial e distensão abdominal.
O aumento das glândulas parótidas é devido aos alimentos com alto teor de carboidratos, que podem causar intensa estimulação das glândulas, resultando em uma hipertrofia.
Há uma menor gravidade das complicações na parte das alterações endócrinas pela ausência de perda de peso significativa nestes pacientes, não sendo comum o aparecimento, por exemplo, de amenorréias, mas pode haver algumas irregularidades menstruais.

É mais fácil iniciar tratamento em pacientes com bulimia nervosa, pois estes, como ficam mais angustiados com seus sintomas, procuram logo um modo de aliviar esse distúrbio. Porém, é mais difícil detectar os seus sinais e sintomas clínicos porque estes pacientes apresentam, usualmente, peso normal e são reservados quanto ao seu comportamento.

É bom deixar claro que em relação às anormalidades de vitaminas e minerais, embora haver uma diminuição por causa da restrição alimentar, são raras as doenças relacionadas a estas deficiências. Isto porque a nossa necessidade de micronutrientes é realmente pouca, sem contar que no caso da detecção desta doença, o uso de suplementos vitamínicos e a seleção criteriosa de alimentos ricos em micronutrientes é suficientemente protetora. E isto vale também para a anorexia nervosa.

A taxa metabólica destes pacientes pode ser imprevisível. No caso de restrição dietética entre os episódios de alimentação excessiva, o paciente fica em estado de semi-inanição, ou seja, a pessoa encontra-se enfraquecida, por falta de alimentos (mas não totalmente) ou por defeito de assimilação dos mesmos, resultando em uma taxa hipometabólica. Porém, nos casos de ingestão excessiva seguida de purgação, há uma alta na taxa metabólica, devido a uma liberação pré-absortiva de insulina que ativa o sistema nervoso simpático.


By: Jéssica Weber



Fontes: http://www.scielo.br/ - Scientific Electronic Library Online;
Krause: Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. Autor: Mahan, L. Kathleen.

sábado, 8 de novembro de 2008

Anorexia Nervosa



Falarei nessa postagem sobre um dos transtornos alimentares, a anorexia nervosa. Ela tem início, geralmente, na adolescência, mais especificamente entre 15 e 18 anos. Nesta fase ocorrem mudanças marcantes na fisiologia e bioquímica, com um acúmulo pronunciado de gordura, especialmente nas mulheres. O ganho de gordura durante a adolescência cessa e até se reverte nos homens, enquanto nas mulheres continua a aumentar, chegando a um índice de gordura corporal de 27% aos 16 anos. Essa doença pode ser em resposta a uma má aceitação das mudanças corporais, principalmente do peso, e, associado a fatores psicológicos individuais e familiares e ao forte apelo sociocultural do culto à magreza.



A anorexia nervosa é definida basicamente por apresentar uma extrema restrição energética auto-imposta tendo como objetivo a perda excessiva de peso.

Os sintomas mais comuns deste distúrbio incluem a manutenção do peso corporal inferior a 85% do que é considerada adequada para estatura e idade, presença de medo obsessivo e irracional de engordar, percepção alterada da imagem corporal, distúrbios menstruais, desmineralização óssea, perda de massa muscular e gordura corporal, irregularidades digestivas, arritmias cardíacas, desidratação, intolerância ao frio (mãos e pés), cabelos finos e fracos, entre outros.

Quem apresenta essa doença são chamados de anoréxicos. Eles têm hábito de jejuar, peculiaridades nas preferências alimentares e aversões específicas por alimentos ou grupos de alimentos.


Existe uma classificação nesse grupo de anoréxicos: Podem ser chamados do tipo restrição ou do tipo ingestão excessiva de alimentos/purgação. O tipo da restrição se refere à pessoa que restringe sua alimentação, principalmente os macronutrientes carboidratos e lipídeos, sem ter o hábito de métodos purgativos ou compulsões. Já quem é do tipo ingestão excessiva de alimentos/purgação tem o hábito de comer excessivamente, é claro, mas com métodos purgativos.

Indivíduos anoréxicos podem apresentar freqüentemente a hipercolesterolemia, que é o colesterol em quantidade superior ao normal no sangue; Também pode aparecer a hipoglicemia e anormalidades dos fluidos e eletrólitos (principalmente do fósforo), podendo levar a complicações cardiológicas, neurológicas, hematológicas e até à morte súbita.
No caso da hipercolesterolemia, a sua causa não é completamente conhecida. Decorre, provavelmente, da redução dos níveis de T3 e da globulina carreadora de colesterol e/ou da diminuição da excreção fecal de ácidos biliares e colesterol. Há estudos que indicam a elevação do colesterol total à custa do LDL-colesterol.
Estudos sobre hipoglicemia revelaram que cerca de 56% dos pacientes anoréxicos tem glicemia menor que 70 mg/dl.

Vale ressaltar bem as complicações relativas às alterações endócrinas, pois como nesse transtorno há perda significante de peso, encontra-se uma gravidade maior destas.
Foram relatados níveis reduzidos de leptina, uma vez que seus níveis se correlacionam com a massa de tecido adiposo. Este hormônio parece controlar a função reprodutiva e a ingestão alimentar por ação hipotalâmica.
Amenorréia, definida como a falta ou interrupção do fluxo menstrual, com menos de 2 ciclos menstruais por ano, pode ser acompanhada de várias anormalidades como regressão dos ovários para estágios pré-puberais com múltiplos pequenos folículos, regressão do tamanho mamário e, às vezes, perda parcial dos pelos pubianos. O útero, também se encontra diminuído e observam-se mudanças atróficas na parede vaginal. A infertilidade pode ocorrer, porém ovulações ocasionais podem acontecer.
Anorexia Nervosa também ocorre no sexo masculino, apesar de mais rara. Quando ocorre, geralmente está acompanhada de níveis baixos de testosterona, FSH e LH, associados a uma redução do volume testicular com oligo ou azospermia.

Em relação à densidade mineral óssea, em muitos casos já se encontra um quadro ruim, abaixo do normal. Este comprometimento ocorre tanto no osso trabecular quanto no cortical. A má nutrição reduz a formação nova de osso, que associada à puberdade atrasada decorrente da redução do estrogênio endógeno, ao hipercortisolismo, à diminuição da ingestão de cálcio, proteínas e vitamina D, favorece a queda da densidade mineral óssea, levando a uma diminuição ou suspensão do crescimento ósseo linear. Quando a AN ocorre na fase precoce da puberdade, pode ocorrer osteopenia ou até mesmo osteoporose irreversível, favorecendo a ocorrência de fraturas patológicas. A osteopenia também pode ocorrer no sexo masculino, em decorrência da diminuição da testosterona.

Uma pele pálida, seca, sem brilho e, por vezes coberta por uma fina camada de pêlos (lanugo) são achados freqüentes na AN. O lanugo pode decorrer de uma redução da atividade da enzima 5-alfa redutase e/ou do estado de hipotiroidismo. Pode ser ainda observada uma coloração amarelada da pele, decorrente dos níveis elevados de caroteno.

A diminuição dos caracteres sexuais secundários e a perda do contorno do quadril e nádegas são outros achados comuns. Os pêlos e cabelos encontram-se ralos, finos e opacos, muitas vezes quebradiços e avermelhados (típicos da desnutrição). As unhas podem se encontrar quebradiças e com crescimento lento, favorecendo o desenvolvimento de micoses.

A hipotensão (baixa pressão arterial) e bradicardia (baixa freqüência cardíaca) podem ser encontradas, resultando no estado de depleção crônica de volume circulante.

No decorrer do tratamento desses pacientes pode-se apresentar a chamada síndrome de realimentação. Esta síndrome é caracterizada por um colapso cardiovascular após a introdução da alimentação em um paciente desnutrido. Ocorre devido à sobrecarga de ingestão calórica na presença de reduzida capacidade do sistema cardiovascular.

O edema pulmonar pode ocorrer secundário à falência cardíaca congestiva na síndrome de realimentação.

A concentração urinária pode estar reduzida devido a níveis flutuantes de ADH e da grande ingestão de líquidos de baixa caloria, como modo de protelar a fome. A redução da osmolaridade da medula renal (denominado de fenômeno da medula lavada), a inanição (estado em que a pessoa encontra-se extremamente enfraquecida) e a diminuição da uréia levam também a diminuição da concentração urinária. Como conseqüência da desidratação, pode ocorrer azotemia pré-renal, onde o nível de dejetos do tipo nitrogenados é anormalmente elevado na corrente sangüínea.

Como parte das alterações hidroeletrolíticas, causadas pelo uso de laxantes, diuréticos e o vômito induzido, podemos citar a hiponatremia (baixa concentração de sódio no sangue) que pode ser uma conseqüência da grande ingestão de água ou às flutuações do hormônio antidiurético (ADH). Também a hipocalemia, baixa concentração de potássio.
A hiperfosfatemia (alta concentração de fósforo) pode ser conseqüência da desnutrição ou surgir após a realimentação como parte da chamada síndrome de realimentação.

A dilatação gástrica pode ocorrer como complicação na fase dessa realimentação abrupta ou nos casos de ingestão de grandes quantidades de alimentos. Observa-se também um retardo no esvaziamento gástrico, os quais se queixam de sensação de plenitude pós - prandial e distensão abdominal.

Em relação a anormalidades de vitaminas e minerais, pode-se citar a hipercarotenemia. Pelo nome, poderíamos supor que é causada pela ingestão dietética excessiva de caroteno, porém, essa tese é menos suspeita. A atribuição é dada a mobilização dos estoques de lipídeos, alterações catabólicas causadas pela perda de peso e pelo estresse metabólico.

A taxa metabólica destes pacientes é baixa. A perda de peso, a diminuição da massa magra, a restrição de energia e os níveis diminuídos de leptina estão implicados nesse estado hipometabólico.




By: Jéssica Weber



Fontes: http://www.scielo.br/ - Scientific Electronic Library Online
Krause: Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. Autor: Mahan, L. Kathleen.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Deita Vegetariana




Está dieta não será muito aprofundada, pois já existe um grupo sobre vegetarianismo. Contudo não podíamos deixar de mencioná-la em nosso blog.


A dieta vegetariana consiste em se alimentar de produtos de origem vegetal, não incluindo na dieta alimentos que contenham carne.


Tal dieta se divide em quatro ramos: ovo-vegetariano, lacto - vegetarianos, ovolacto-vegetarianos e os vegetarianos estritos, ou seja, não consomem nada que seja de origem animal, os participantes deste ultimo grupo são conhecidos como vegans.


A dieta vegetaria aproveita uma serie de alimentos como frutas, verduras, legumes e procura tirar deles o aporte nutricional necessário para manter o organismo.


Contudo, há uma serie se problemas nutricionais em se ter uma dieta vegetariana estrita, tendo em vista que alguns nutrientes necessários ao organismo são encontrados em alimentos de origem animal. Um exemplo é a vitamina B12 que só pode ser encontrada em quantidades significativas em alimentos de origem animal.


Portanto ao fazer uma dieta vegan é necessário ter um acompanhamento nutricional e muito cuidado para não chegar a uma hipovitaminose.


Fonte: www.google.com


By: Suwellen Moraes


Questão 03 - aula do dia 04/11/08

# Observe o gráfico 3. β-hidroxibutarato é um marcador de qual processo do metabolismo energético? Por que esse processo ocorre? Por que a concentração desta substância cai após a infusão de glicose para SB?
* Resposta:

Metabolismo de lipídios em estado de jejum prolongado, no processo de cetogênese Esse processo ocorre, pois como há hipogligemia a produção de corpos cetônicos é muito elevada, porque o organismo vai degradar lipídios sem o acompanhamento da degradação de carboidratos, ocorrendo excesso de acetil-Coa, pois a baixa concentração de oxalacetato reduz a velocidade da oxidação de acetil-Coa pelo ciclo de Krebs. Esse acetil-Coa em excesso forma os corpos cetônicos, dentre eles o β-hidroxibutarato.
Após a infusão de glicose haverá oxalacetato disponível para total oxidação pelo ciclo de Krebs, pois não há necessidade da gliconeogênese. Assim, diminui o consumo de lipídios também, e, por conseguinte a transformação de acetil-Coa em corpos cetônicos, por não haver excesso deste.
By: Suwellen Moraes e Jéssica Weber